1ª República e os seus problemas

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

" A República, antes de ser um regime, foi um ideal e uma opção ética."
O ideal republicano começou a ser desenvolvido no imaginário dos burgueses e dos intelectuais e só depois, é que esse mesmo ideal foi transmitido aos setores mais pobres, tornando-se uma opção ética. Esta opção ética que a maioria da população seguiu, conduziu à queda da monarquia e à implantação da república, com a revolução de 5 de outubro de 1910.
"menos sensíveis ao rigor ideológico dos socialistas "
A ideologia socialista começava a ser divulgada, mas ainda com pouca importância, por isso os operários apoiaram as ideias republicanas.
" Reduzindo progressivamente o seu programa a uma simbiose de democratismo político, municipalismo administrativo, liberalismo económico e associacionismo social, num fundo eminentemente nacionalista e colonialista, parecia pôr ao alcance de todos o caminho certo para a Regeneração da Pátria..."
Portanto este espírito presente nesta parte do documento mostra o ímpeto de modernização que esta regeneração quis trazer ao país. Mesmo sem grandes sucessos.
" Identificando claramente o adversário- o rei, os partidos monárquicos, a igreja católica, os jesuítas..."
Os entraves causados pela oposição ao regime republicano foi uma das causas para a curta vigência da primeira república. A igreja estava descontente em consequência do anticlericalismo e de todas as medidas que estavam a tornar portugal um estado laico. Os grandes latifundiários e nobres como perderam a maioria das suas terras também estavam descontentes. Os monárquicos queriam voltar a instaurar uma monarquia em Portugal e a alta burguesia achava que os republicanos estavam a tomar medidas de carácter muito liberal.
" esta amplitude dificilmente resistiria à prova de fogo da governação num país economicamente em crise e de finanças abaladas..."
Portugal mesmo com algumas medidas da altura da regeneração, continuava a ser um país em graves condições económicos, financeiras e sociais. O país tinha uma agricultura pouco produtiva, uma indústria atrasada e minoritária e um comércio atrofiado. Insuficiência produtiva, carestia de produtos, inflação, desvalorização da moeda e défice da balança de pagamentos foram alguns dos exemplos que refletiam a economia portuguesa na primeira república. Esta situação explica a agitação social e o descontentamento e as consequentes greves e manifestações, onde os operários exigiam melhores condições de vida, melhores salários e maior proteção social. Todos estes problemas sociais e económicos ajudaram à queda da república em 1926.
A entrada de Portugal na 1ª guerra mundial agravou a situação económica portuguesa e aumentou o descontentamento da população.
"progressivo esvaziamento dos fins que o norteavam no mar encapelado da instabilidade política."
A instabilidade política foi outro dos aspectos que conduziram a república ao fracasso. O elevado número de partidos que existiam nesta altura em portugal, originavam grandes divergências no congresso e assim os governos não condições para governar durante muito tempo. Com esta situação a 1ª República registou  45 governos, 8 eleições presidenciais e 9 eleições legislativas.

(Frases retiradas do documento de António Reis, A República: " um ideal e uma opção ética")



Manuel de Arriaga, primeiro Presidente da República

Esquema que explica toda a 1ª República
desde da sua implantação até à sua queda

O general Gomes da Costa, em 28 de Maio de 1926, organizou, a partir de Braga, uma marcha militar sobre Lisboa. Ao chegarem a Lisboa os revoltosos fecharam o Parlamento e o presidente, Bernardino Machado, renunciou o cargo. Era a falência da 1ª República.

2 comentários:

Anónimo disse...

CAROLAS !

Anónimo disse...

FILHOS DA PUTA |!