O desenvolvimento holandês

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

No século XVI a Holanda começou a desenvolver-se e a rivalizar com as potências da altura ( Portugal e Espanha).
Os Holandeses através do seu desenvolvimento técnico e centífico desenvolveram diferentes actividades como a agricultura e a manufactura.
Na agricultura aumentaram a produtividade, a partir da formação de diques, conquistando a terra aos mares e utilizando a técnica da rotação contínua de culturas, tirando desse modo o máximo proveito dos campos. Desenvolveram simultaneamente a pastorícia e a criação de gado, aumentando a produção de carne, leite, lã e de estrume.
A Holanda também teve um fomento na manufactura, fazendo uma divisão do trabalho, por diversos homens a fim de aumentar a sua produção industrial e têxtil.
Mas a indústria mais importante e desenvolvida pelos holandeses foi a indústria naval, com a construção de barcos mais leves e rápidos para assim poder comercializar mais facilmente e tornar-se uma potência.
A pesca e a procura de novas fontes de energia ( com a utilização dos moinhos) foram outras das actividades utilizadas por este povo.
Tudo isto possibilitou melhores condições de vida à população e levou a um grande crescimento das cidades holandesas.
Esse crescimento não era só associado ao desenvolvimento agricola e industrial, estava também ligado ao aumento das trocas comerciais, ao crescimento das cidades e à tolerância religiosa holandesa.
Amesterdão no século XVII tornou-se a maior praça de mercadorias e capitais da Europa. Chegando assim a um capitalismo comercial e financeiro, onde havia trocas comerciais mas tambem instituições financeiras, como os bancos que tinham o objectivo de criar lucro, aceitando depósitos e concedendo créditos. Uma das inovações da Holanda no campo das instituições financeiras foi o aparecimento das sociedades de acções, que consistia na junção de pequenos investidores que tinham o objectivo de alcançar o maior lucro possível. Ao mesmo tempo surgiram as bolsas de valores, que eram "locais públicos onde os agentes de comércio se reuniam para emitir, comprar e vender acções, obrigações e outros títulos de crédito sobre as mercadorias e bens produzidos".
Com tudo isto a Holanda tornou-se no centro comercial do mundo, ultrapassando Portugal e Espanha. Dominando o comércio do mediterrâneo e do báltico  por exemplo.
Assim virou-se para a América e para o Oriente, locais onde se situavam as colónias portuguesas e espanholas. Conseguiu então conquistar alguns locais.Em África conquistaram Mina e a região do Cabo. No oriente, expulsaram os portugueses de alguns locais da Índia, fixaram-se na China, Filipinas, Molucas,Japão, Insulíndia e Batávia. Na América tiveram a colónia de Nova Amesterdão, Curaçau, Suriname e uma região no noroeste do Brasil.
A Holanda nestas colónias criou muitas feitorias e tambem companhias monopolistas para controlar o comércio e reservar os mercados coloniais para uso exclusivo da metrópole. Medidas estas que eram semelhantes às de Espanha e Portugal. A Holanda acabou assim com a exclusividade de circulação nos mares por esses dois povos.

Com todos estes argumentos vemos que a Holanda teve uma grande hegemonia nesta altura.





Moinho holandês


Território actual da Holanda-

Esquema da formação dos dique na Holanda

Tratado de Tordesilhas e mare liberum

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

O tratado de tordesilhas foi um tratado assinado em 1494, entre Portugal e Espanha, que garantiu a estes países a exclusividade da navegação nos mares e os outros países só navegariam se pagassem impostos. Isto era a teoria defendida pelo mare clasum.
Mais tarde com o desenvolvimento e crescimento de outros povos como os holandeses, ingleses e franceses, fez com que se passasse a falar de mare liberum, em que todos estes países podiam navegar livremente.
Muita gente pensa que a motivação da expansão dos povos ibéricos é levar a religião cristã a novos povos.
Mas na verdade a principal motivação era atingir riqueza e conseguir aumentar o comércio.

Tratado de Tordesilhas

Os descobrimentos espanhóis

Os espanhóis adoptaram  na sua expansão uma política de conquistas, utilizando grandes exércitos e bem equipados. Isto acontecia porque a Espanha tinha uma população muito grande. Sendo que os portugueses com um número de habitantes muito menor, nunca podiam utilizar esse método, por isso é que utilizaram a política das descobertas.
Os espanhóis quando chegaram às civilizações dos Incas o que os mais impressionou foi a quantidade de ouro e de prata que estas regiões tinham. Sendo estes produtos a base do comércio espanhol e do próprio enriquecimento do país. Houve anos em que Espanha  fez uma grande exploração destes metais preciosos.
Espanha tinha uma instituição que se assemelhava com a Casa da índia ou a Casa da mina( portuguesas). A Casa da Contratação que também tinha a função de fiscalizar o comércio espanhol com as colónias da América Latina, para evitar a corrupção e tambem para atingir o maior lucro possível.
 Toda esta importância espanhola no comércio mundial, fez com que Sevilha se tornasse a principal cidade nesta altura, chegando mesmo a superar Lisboa.
Os espanhóis para participar e enriquecer com comércio do Oriente fixaram-se nas Filipinas. 

 


Populção Inca

Paisagem Inca

Territórios do Império Espanhol
 
Ouro

Os portugueses em áfrica e no oriente. O monopólio régio.

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

O comércio Português em áfrica viveu fundamentalmente de produtos como: as plantas tintureiras, marfim, peles, malagueta, ouro, escravos, etc.
Sendo que a exploração destes produtos baseava-se em dois empreendimentos:

  • Os entrepostos comerciais- postos móveis e temporários ligados ao comércio, que se mantinham o tempo necessário à realização dos negócios, nos locais onde os barcos paravam.
  • Feitorias-  casas que os soberanos tinham no estrangeiro para tratarem dos seus interesses economómicos, servindo também de fortaleza para protecção dos produtos.
 O comércio português no oriente tinha como base as especiarias(açafrão, canela, gengivre, pimenta, noz-moscada, etc).
Os portugueses criaram 3 tipos de estabelecimentos comerciais no Oriente:
  • Colónias de domínio directo dos Portugueses, governadas por capitães dependentes do vice-rei. Estas colónias eram fortificadas e povoadas por colonos provenientes da Metrópole.
  • Protectorados governados por príncipes indígenas, aliados ou triibutários do rei de Portugal, que aí possuía fortalezas, feitorias ou núcleos da população portuguesa.
  • Simples feitorias em território de países estrangeiros, destinadas exclusivamente a trocas comerciais.
Ao mesmo tempo o rei , criou um monopólio régio que permitiu a exclusividade do comércio e exploração económica das áreas coloniais. Para ajudar a Casa da Índia e Casa da Mina controlavam o tráfego de mercadorias e pessoas, a fim de atingir os objectivos do rei e evitar o comércio cladestino.
Os burgueses cresceram muito com os descobrimentos, mesmo havendo alguns obstáculos de afirmação dessa mesma classe mercantil portuguesa, como o monopólio régio, a Inquisição, a corrupção e até os pequenos-burgueses que conseguiam enriquecer com um pouco do comercio das colónias ou mesmo indo às colónias e trazendo alguns produtos, tudo isto com a finalidade de conseguir uma pequena loja.
Os nobres sabendo que o comércio era a principal actividade desta altura começaram-se a dedicar a esta actividade.

A diáspora ou seja a saída dos portugueses para as colónias fez com que a população portuguesa na metrópole não tivesse um grande numero e que se começasse a concentrar pelas diferentes colónias. Havendo assim uma dispersão dos recursos humanos portugueses.
Muitas vezes a escassez da população e os próprios recursos financeiros tambem escassos  fizeram com que os portugueses não conseguissem aumentar o seu império.




Especiarias da Índia



Rotas comerciais portuguesas
Comércio Triangular

O sentido dos descobrimentos portugueses

Os portugueses foram os vanguardistas dos Descobrimentos. Já que foram os primeiros a partir para a descoberta de territórios do atlantico sul. Portugal tinha 4 sentidos com os descobrimentos. Pioneirismo Temporal, já que antecederam os outros descobrimentos europeus. A dispersão espacial, porque foi uma expansão em todo o mundo. Pluralidade Civilizacional, devido à diferente capacidade de organizar o mundo-a intercomunicação e a criação espacial. A universalidade cultural graças a facilidade de comunicação e adaptação com os outros povos.
Sendo que o interesse económico era o principal objectivo da expansão.

Cronologia dos Descobrimentos portugueses



D. João I, 1383-1433

    1394 - Nasce no Porto D. Henrique, o Navegador, infante português,  filho de D. João I.
    1385 - Aclamação de D. João I que é proclamado rei pelas Cortes de Coimbra. Expansão marítima. Batalha de  Aljubarrota.
    1415 - Início dos Descobrimentos Portugueses.
    1415 - Conquista de Ceuta.
    1419 - Os Portugueses descobrem o arquipélago da Madeira.
    1424 - Expedição às ilhas Canárias.
    1427 - Os Açores são propostos à colonização.

D. Duarte, 1434-1437

    1434 - Gil Eanes atinge o Cabo Bojador, limite sul das terras conhecidas.

Regência do Infante D. Pedro e rei D. Afonso V, o Africano, 1441-1481

    1438 - Regência de D. Pedro, tio do jovem rei D. Afonso V, o Africano.
    1445 - Dinis Dias descobre o Cabo Verde.
    1453 - Gomes Eanes de Zurara: a Crónica e Descoberta da Conquista da Guiné.
    1456 - Descoberta do arquipélago do Cabo Verde.
    1460 - Falece D. Henrique, o Navegador. Pero de Sintra atinge a Serra Leoa.
    1471 - Descoberta das ilhas do Príncipe e de São Tomé. Conquista de Tânger por Afonso V.
    1472 - Gaspar Corte Real descobre Terra Nova.
    1473 - Lopes Gonçalves ultrapassa o Equador.

D. João II, 1482-1495

    1487 - Bartolomeu Dias atinge o Cabo da Boa Esperença.
    1493 - Bula pontifical dividindo o mundo em dois hemisférios.
    1494 - Tratado de Tordesilhas entre Portugal e a Espanha para a repartição dos territórios coloniais.

D. Manuel I, 1495-1521
    1498 - Vasco da Gama chega a Calecut, na Índia.
    1500 - Descobrimento do Brasil por Pedro Álvares Cabral. Dias chega a Madagascar.
    1501 - Envio da segunda Armada ao Brasil.
    1506 - Laurenço de Almeida chega a Ceilão.
    1509 - Os Portugueses entram Sumatra.
    1511 - Diogo Álvares, o Caramuru, na Baía.
    1514 - Jorge Álvares atinge a China, por Cantão.
    1519 - Fernão de Magalhães toca no Rio de Janeio.

D. João III, 1521-1557

    1524 - Nasce Luís de Camões.
    1526 - Os Portugueses estabelecem-se em Bornéu.
    1534 - Inicia-se a colonização do Brasil com a criação das primeiras capitanias.
    1542 - Rodrigues Cabrilho em Califórnia.
    1543 - Os Portugueses no Japão.
    1554 - Fundação de São Paulo, pelos Jesuítas.
    1557 - Os Portugueses estabelecem-se em Macau...

Peste Negra

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

A Peste Negra foi uma das maiores epidemias da História, que devastou a Europa durante o sec. XIV.


Diz-se que a doença foi transmitida ao ser humano através de pulgas dos ratos. Esta doença matou milhões dde pessoas e originou uma grande crise demográfica.





Progressão anual da peste negra




Revolução Agrícola e uma Economia Pré-industrial

 A Revolução Agrícola do século XV/XVI trouxe consigo um emparcelamento e vedação dos terrenos(enclosures), novas tecnicas agricolas, novos instrumentos e um aumento da área de cultivo com a utilização de novas culturas. Isto levou a um aumento de produção e a uma melhor alimentação da população. Juntamente com os avanços da medicina e a maior preocupação com a higiene originou um crescimento da população. Possibilitando assim uma maior disponibilidade de mão-de-obra que proporcionou o êxodo rural e assim um maior crescimento das cidades. Muitas delas chegando a aumentar a sua populção e a sua agitação comercial em grande escala. Passando até as cidades a ficarem divididas em dois tipos: as pequenas-semi-rurais e as grandes- com grandes organismos administrativos, grandes mercados e feiras e onde as pessoas com mais capital circulavam. Perante isto podiamos falar de uma revolução pré-industrial onde o sector primário e o comércio eram as actividades dominantes. Mas ao mesmo tempo havia gente que trabalha em actividades artesanais e manufactureiras de pequena dimensão ou nas suas casas. Aproximando-se assim da Revolução Industrial do seculo XVIII.
Neste tempo também houve situações que levaram a uma estagnação da economia e algumas crises demográficas. Entre elas, as leis dos senhores das terras, como por exemplo poder despedir o colono quando quisessem, não possibilitando o desenvolvimento, já que o trabalhador produzia para o seu dia-a dia. Mas também os impostos(dízimas,corveias e as talhas) contribuiram para esse facto, já que quanto mais produziam mais tinham de pagar. Ao mesmo tempo as alterações climáticas, as guerras e as pestes originaram graves crises de subsistência e grandes crises demográficas. Havendo alturas em que a mortalidade era muito alta e em contra partida a natalidade era muito baixa.